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 Se podemos complicar, porquê simplificar?

Porque é que a maioria das pessoas sabe medianamente usar um telemóvel sendo raras aquelas que conseguem entender um programa informático e até acertar o relógio da câmara de filmar? Será que é um dom que apenas alguns receberam no ventre da mãe? Sinceramente acho que não.

 

Que a nossa população tenha falta de preparação para as novas tecnologias, falta de formação e que até tenham menos civismo quando vão num Domingo à praia, até concordo. Mas não menos culpados somos os que desenvolvem tecnologias para servir as pessoas. De facto a ?usabilidade? (neologismo do inglês usability) é uma ideia que nunca passou na cabeça de muitos génios da informática. Insistem em fazer aplicações que dão para tudo e mais alguma coisa, verdadeiras maravilhas técnicas, mas depois os utilizadores não as entendem.

?Usabilidade? confesso que não me consigo habituar ao termo, contrariamente à ideia. O caso mais paradigmático que conheço é o serviço multibanco. Trata-se de um serviço, do ponto de vista técnico, extremamente complexo, mas de uma admirável simplicidade para quem quer levantar umas ?massas? no início do mês.

 

O fenómeno é mundial e não circunscrito à comunidade Vizelense. Um recente relatório da IDC denunciou uma evolução na simplicidade de utilização dos novos equipamentos electrónicos em contraste com uma maior complexidade nas soluções de software.

A situação chega a ser dramática em situações de empresas que investem dezenas de milhar de contos em soluções que talvez não tenham sido pensadas para os seus funcionários. O resultado acaba por se traduzir em vários anos de implementação numa teimosa tentativa de justificar o investimento.

 

Um bom demonstrador de software consegue contagiar uma audiência com o deleite que é ver (e ter) um software que faz tudo e mais alguma coisa. E quando o entusiasmo se transforma em decisão de aquisição daquela maravilha... percorrem um trajecto de falta de objectividade e compram um sonho que se vem a revelar um pesadelo. Entra-se numa guerra de adaptação do software às regras de negócio e vice-versa. Mas isto não tem muito a ver com ?usabilidade? mas sim com falta de ?alinhamento funcional? (este tema fica para depois).

 

Voltando ao tema, há motivos para optimismo pelo simples facto da ?usabilidade? estar a ser discutida. De forma que mais tarde ou mais cedo chega ao conhecimento da comunidade de desenvolvimento. A discussão ainda está num estágio um tanto primário (ainda que importante) e que passa pela discussão do desenho dos ecrãs. Quando o que se vê tem as coisas nos sítios certos, do tamanho certo e agradável à vista... a malta gosta! Só que depois o aspecto não é tudo!

 

O objectivo é conseguir transpor o modelo mental das pessoas para soluções de software. Isto para que as pessoas ou negócios se possam identificar com aquilo que têm à frente.


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